Review | “Quarteto Fantástico: Primeiros Passos” é a Marvel Cósmica que faltava

Chegou a hora de dizer: agora sim temos um Quarteto Fantástico digno do nome.

Primeiros Passos” não é só um reboot, é um recomeço de verdade, feito com carinho, estilo e um senso de família que pulsa a cada cena. O filme foge da fórmula Marvel como a gente conhece, e isso é ótimo. Ele é outra realidade mesmo, e você sente isso já nos primeiros minutos.

A trama começa contextualizando tudo de forma elegante: o mundo, o time, a missão, tudo é apresentado com um cuidado que impressiona. E o melhor: a relação entre os quatro é linda desde o início.

Pedro Pascal dá um ar centrado e genial ao Reed Richards, e Joseph Quinn faz de Johnny Storm aquele herói impulsivo mas valente, com uma energia contagiante (ainda meio sem vergonha). Mas quem rouba a cena de verdade são Vanessa Kirby e Ebon Moss-Bachrach como Sue e Ben. Eles são o coração da equipe, é impossível não se apegar.

O filme é, acima de tudo, sobre laços. Família, parceria, confiança. E isso se reflete tanto nas atuações quanto na estrutura da história. Mesmo com algumas oscilações no roteiro, há momentos em que a trama parece hesitar, nada chega a atrapalhar a imersão. O diretor Matt Shakman (em sua estreia no cinema) entrega um trabalho visual estonteante, assim como fez em WandaVision.

A combinação entre efeitos práticos e CGI está no ponto certo (mesmo que às vezes aquele fundo borrado denuncie o CGI exagerado). E que delícia é esse visual retrô dos anos 60 com um toque futurista. Parece que alguém finalmente entendeu a alma do Quarteto.

Falando em visual… Galactus é um espetáculo à parte. E o Surfista Prateado? Agora interpretado por Julia Garner como Shalla-Bal, traz uma nova camada ao personagem clássico. Pode ser uma mudança drástica, mas funciona. Ela tem as cenas mais emocionais do filme, com uma performance poderosa e contida ao mesmo tempo.

Michael Giacchino aparece aqui com uma das trilhas mais marcantes do MCU. É grandiosa, emocionante e, acima de tudo, memorável. Cada momento de ação, cada virada emocional, ganha força extra com a música. É impossível não sair do cinema cantarolando algum trecho.

Claro, o filme não é perfeito. Tem seus tropeços narrativos e deixa a sensação de que poderia se beneficiar de uns 10 minutinhos a mais. Mas, honestamente, quando a química do elenco é tão boa, e a estética tão bem amarrada, isso vira detalhe.

Pra quem acompanhou as tentativas passadas (1994, 2005, 2015… ) dá até um alívio ver que, dessa vez, acertaram. Finalmente temos um filme que honra a importância histórica do Quarteto dentro da Marvel. E para os fãs de longa data, como os leitores que conheceram Galactus em 1973, essa nova versão tem o gosto nostálgico certo, com atualizações que respeitam a origem, mas não têm medo de inovar.

Tem duas cenas pós-créditos (óbvio que você vai ficar), e o saldo final é mais do que positivo. Quarteto Fantástico: Primeiros Passos é bonito, divertido, emocionante e tem o coração no lugar certo. É a estreia que o primeiro time da Marvel merecia há muito tempo.

Se esse for o começo… mal posso esperar pelos próximos passos.

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Robson Netto

Robson é o criador do Que Tar. Nascido em Ponta Grossa, a verdadeira capital da Rússia Brasileira. Enquanto não for processado, vai tentar trazer muito conteúdo e informações cheias de humor.

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